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Mostrando postagens de 2011

PERDÃO, SOU UM PECADOR EM VÃO.

Desejos promíscuos, Quem é que não tem, Mas há de ser cruel demais Alimentar-se desse fél. Que é o gosto, de outro alguém sangrar? Se dos olhos derramar As gotas de angustia. Suplicas falso perdão, Sabe quem tu és E que de novo, vai sangrar por ti. Olhas nos meus olhos Por detrás do espelho, Tão quais quanto os teus. Me diz: Pra que mais dela quer ? Se pra ela não se quer dar. Sangra ti então Esforça-te pelo perdão Ou deita logo o leite ao chão.

HOJE ALIMENTEI UM DEMÔNIO.

Hoje alimentei um Demônio Com uma taça de sangue E três moedas de ouro. Por menos provável que fosse No primeiro e único vacilo Enganei-o. Amarrei com cordas de ódio, Prendi seus pés com correntes de rancor e Amordacei-lhe com trapos de desejo. Com alicates de agonia, Arranquei um a um seus dentes. Com martelos de  desprezo Martelei cada um de seus dedos. Com mãos de vingança Arranquei seus cornos e Com os mesmos perfurei Diversas vezes, seu abdômen. De suas vísceras fiz um colar, Adornado com perolas que fiz de seus olhos Sua genitália dei, para que seu cão se alimente Assim como com todos seus restos. E não tenha medo, Estarei sentado aqui Velando-te Ate que o cão devore seus últimos vestígios. De tudo, O que extraio de ruim É o saber que Durante anos, sempre  esteve aqui.

Porque o café tem que esfriar?

Quando fica pronto, quando sai do fogo, Ele é forte E queima E é vivo E esta, sempre disposto a ser consumido. Mas o café esfria E fica amargo E torna-se consistente E nem ser apreciado ele quer. Mas quando alguém, como ele, Triste, Frio E amargo, decide tomá-lo. O café recusa E torna-se mais denso E mais amargo E mais frio,. A pessoa insiste E joga-o na boca E é amargo E é pastoso E difícil de beber. O café resiste, A pessoa força Ele escorrega A pessoa engole E eles se fundem. Porque o café tem sempre que esfriar?

"MAIS PEQUENO"

Às vezes eu vejo gente, As vezes eu ouço vozes. Gente feia no que faz, Gente injusta no que diz. Pequenas no que fazem. E é considerável que seja, "Mais pequeno", levar adiante Ao invés de deixar morrer em cinzas. Penso que são como pombos esfomeados, Quais com adagas matariam uns aos outros E apodreceriam junto às migalhas que não puderam comer. ("mais pequeno" sim e não "menor" porque tenho o direito        E a liberdade de usar assim, puna-me quem puder.)

O LIXO

Passei a pouco por um bar Dentro eu via alguém, Não era o dono Era talvez, um pai bêbado Ou um mendigo sem lar Logo depois, dois cavalos, Um potro e sua mãe. Reviravam e tiravam do lixo O que achavam pra comer. Mais a frente, duas mulheres. Uma linda menininha e sua mãe Reviravam e tiravam do lixo O que achavam pra comer. O lixo é assim, Quanto mais lixo se olha Mais lixo se vê Quanto mais lixo se ouve Mais lixo tem a dizer. Quanto mais no lixo se vive. Menos ele te deixa viver. O desejo aqui é outro. Não é ter roupa de grife Nem sapato da moda, O desejo é Um trapo que te cubra E algo que tenha sola. Um mero metro de trapo. Costurado. Com carinho modelado. Uma saia, um chale, um guardanapo. Um presente. Com o dinheiro do lixo foi comprado. O lixo é assim.

A Peste

Um vento frio sopra a nuca Descoberta pela falta de coragem. Uma geração toda destruída pela descrença, Enquanto uma porção de ratos Pregam mentiras e envenenam as crianças. Condicionados a lutar para vencer, Vencer alguém é fazer alguém perder, Humilhar um fraco, cutucar uma ferida, Propagar o desencanto. Lutar pela vitoria é o mesmo que Lutar pela derrota, só deixar de ser sua Pra pesar, contaminar e apodrecer Os ombros de outro.   Orgulho de ter um troféu Refletindo a derrota de alguém Refletindo a humilhação do perdedor Refletindo o chão onde viu seu adversário. Se é esse o seu orgulho...

Faz tempo.

>hoje eu estou feliz, > >  hoje eu acordei feliz, > >  estou feliz porq hoje eu comi, > >  hoje tive um cobertor pra dormir, > >estou feliz pois posso sentir > >  posso beijar posso andar e posso ouvir, > >mas,e vcs q não são assim? > >  q não andam, q não vêem > >q não ouvem?  > e vcs ainda assim, > >  riem mais q eu, vêem mais q eu, > >  sentem mais q eu, amam mais q eu, > >sao masi feliz q eu > > > >é porque eu continuo a reclamar e a murmurar > >  contra esse seu q criou vc e eu > >  e o resto do mundo, mas, > >  eu não considero as palavras d quem não me da boas razões > >   ainda se estiver morto, morto entendeu, MORTOOOOO >

Põe mais uma, por favor...

Sentimento de abandono cultural. Debates sobre arte e vandalismo E vandalismo justificado. Arte Rupestre, dizem ser do caralho. Evangelismo porco e escroto. Antissocialismo forjado, rebeldia forjada Dislexia entre os assuntos parece, mas não é. Ainda me esforço pra entender o inicio de um livro E ninguém sabe como vai terminar. Sexo cura dor de cabeça. Não sei em quem acreditar.

O cara do espelho

A cada dia uma nova batalha. Da ultima vez que o vi Não tinha o que tenho agora Da ultima vez que o vi Não passou por coisas que passei durante o dia Não amou como amei nas ultimas horas, Não chorou pelas mortes que acabaram de ser anunciadas Não viu o garoto que acabou de morder o cão pelo pão O cara do espelho,   sempre atrasado em relação a mim, Mas sempre emparelhado quando me olha nos olhos e sorri.

O nome da flor

Quem é você, oh Puta? Joana, Maria, Stefanna, Augusta. Todos os nomes posso amar, Mas o teu não me quer contar. Não preza pela sanidade, Na alcova torna-se louca Sacia as fantasias. Mas priva-me da boca. É santa, a tua aos beijos, Nem tanto quando de joelhos. Executa com maestria, me mostra maravilhas. Quando toca em minha virilha. Pago pelo corpo em busca do amor, Cobra pelo esforço com nojo e horror. Tem o poder de não se fazer estar, Ainda que a companhia venha a agradar. Espera por aquele que quando beijar, Tua gruta toda consiga inundar. Que lhe umedeça por inteira E em uma explosão te faça gozar. O príncipe que com grande louvor, Traga a rosa do amor O único enfim merecedor. De conhecer o nome flor.

Bendito seja o fruto do vosso ventre

Fruto esse Nascido entre gemidos, Sangue e dor. Santo ventre, Primeira morada nossa. Sofre tu. Oh mulher. No intuito de fazer A Vida. Ver crescer, Ensinar a andar, Escreve e ler. Ver crescer, Mesmo que entre destroços, Entre restos e ossos. O fruto é teu, E so tu sabe O valor que ele tem. So ele sabe, O valor que não lhe dão Mas que mais que merecido Lhe é. Parabéns Mulher.

CRUZ, PREGOS E UM SACO DE MOEDAS

Enquanto vagueio Por entre destroços de mim mesmo Percebo o porque do desespero. Pedaços mal destruídos, outros ate intactos Um braço, uma orelha, a glande de um pênis. Arrependido? Não, Culpado, pela falta de fé E de coragem para crer na suposta fé. Sinto que quando comecei, Deveria ter me esforçado mais, Me destruído mais Para que partes não sobrassem Apenas pó e o resto do pó. Sinto que é chegada novamente A hora de desistir. Mas não vou, não desta vez. Tudo não passa de uma tragédia grega, Tão tola quanto a do filho que mandou matar O pai. Ou aquela sobre o filho tolo que faz de tudo para que Matem-no pelo pai. Que venham os macacos e suas navalhas. Vos espero com uma “cruz, pregos e um saco de moedas” (Nene Altro – Dance Of Days).

As vezes é assim mesmo

Sem poética, sem rima sequencia fraca e nada de correção ortografica. Dias assim. Chuva, canções tristes e uma bela, organizada e espaçosa Oficina do Diabo.

Sou eu novamente.

Entro, saio Muda o numero, Sou eu de novo Vou ali e já volto, Voltei, mudou o numero. Sou eu, Pulou dois números, Será? Não, fui eu de novo Começo a ler pra passar o tédio. Na necessidade, leio o espelho. Mudou, dez números talvez, Mas sou eu, eu de novo, Sou eu novamente

Presente?

Faz tempo que não me sinto presente e não me sinto um presente faz tempo que meu tempo não é o presente não me sinto presente, aqui nem em lugar algum

Também quero fugir

Imagem
Fugir, sumir Para o mais longínquo campo. Pousar, repousar A sombra de uma árvore de grande copa. Ao sol, meu lençol Manchado de sangue, estendi. Descansar, abandonar O medo e a dor que carrego aqui. Pensar, acreditar Que, coisas possam passar. Encontrar, matar O que em mim, de forma maldita, brotou. Correr, esconder De mim mesmo a face coberta por lagrimas. Querer, entender Que, “Não posso, não quero, não devo.”            (Lirinha – cordel do fogo encantado) Morrer.

Faltame inspiração, mas não citação.

VI [SONETO DE TODAS AS PUTAS] Não lamentes, oh Nise, o teu estado; Puta tem sido muita gente boa; Putíssimas fidalgas tem Lisboa, Milhões de vezes putas têm reinado: Dido foi puta, e puta d'um soldado; Cleópatra por puta alcança a c'roa; Tu, Lucrécia, com toda a tua proa, O teu cono não passa por honrado: Essa da Rússia imperatriz famosa, Que inda há pouco morreu (diz a Gazeta) Entre mil porras expirou vaidosa: Todas no mundo dão a sua greta: Não fiques pois, oh Nise, duvidosa Que isso de virgo e honra é tudo peta. (Manuel Maria Barbosa du Bocage "Bocage")

Desastre por Desastre

Ser humano é ser Egoísta, Porco . É não assumir a própria culpa Culpar os outros. Destruir pra não ser destruído Comer pra não ser comido. “comer peixes é legal, eles não tem sentimento”. (Kurt Cobain) Amar é para os fracos, Forte são os desalmados. Irresponsabilidade e Impermeabilidade. A natureza destrói tudo que construi. “ E assim caminha a humanidade com passos de formiga e sem vontade” (Lulu Santos) E que tal “comer” criancinhas órfãs? E ainda nos achamos “racionais”? Ainda nos achamos superiores? E onde fica a imagem e semelhança? http://www.jb.com.br/tragedia-na-serra/noticias/2011/01/18/pedofilia-e-o-novo-fantasma-na-regiao-serrana/

A faca que feriu o coração

Olhei adiante, Tão distante que vi o passado, Então me tranquei no quarto, Com o Faquir e dezesseis toalhas, Despedacei um coração Arranquei – lhe um bordão Que soava como solidão Um pedido de compaixão Deixe – me sair, Deixe –me sair Saiu. Cinco litros e dois Mls de sangue Saíram também. Meus trapos não se controlavam Trapos ensangüentados. Pobres gritos do coração Carecia de maior compreenção Ódio, Amor, Saudade, vingança Ódio, Amor, Saudade, vingança Ódio, Amor, Saudade, vingança O Faquir ensangüentado Calou o coração desesperado Nunca houve tanta paz Tanta liberdade, tanta dor. Não soube se comportar Há certas coisas que não se deve gritar. Tolo coração Viveu pouco e foi em vão. Cortei o pescoço do Faquir Como a ovelha negra o faria, Decapita o lobo que dorme e foge Pra não ser pego pela matilha Pra não morrer na prisão Seu rebanho o condena Por lhes ter abandonado, Mas não vêem O lobo decapitado, Não vêem O faquir ensangüentado Não sentem o cheiro do sangue na mão. Não culpam A