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Mostrando postagens de outubro, 2011

"MAIS PEQUENO"

Às vezes eu vejo gente, As vezes eu ouço vozes. Gente feia no que faz, Gente injusta no que diz. Pequenas no que fazem. E é considerável que seja, "Mais pequeno", levar adiante Ao invés de deixar morrer em cinzas. Penso que são como pombos esfomeados, Quais com adagas matariam uns aos outros E apodreceriam junto às migalhas que não puderam comer. ("mais pequeno" sim e não "menor" porque tenho o direito        E a liberdade de usar assim, puna-me quem puder.)

O LIXO

Passei a pouco por um bar Dentro eu via alguém, Não era o dono Era talvez, um pai bêbado Ou um mendigo sem lar Logo depois, dois cavalos, Um potro e sua mãe. Reviravam e tiravam do lixo O que achavam pra comer. Mais a frente, duas mulheres. Uma linda menininha e sua mãe Reviravam e tiravam do lixo O que achavam pra comer. O lixo é assim, Quanto mais lixo se olha Mais lixo se vê Quanto mais lixo se ouve Mais lixo tem a dizer. Quanto mais no lixo se vive. Menos ele te deixa viver. O desejo aqui é outro. Não é ter roupa de grife Nem sapato da moda, O desejo é Um trapo que te cubra E algo que tenha sola. Um mero metro de trapo. Costurado. Com carinho modelado. Uma saia, um chale, um guardanapo. Um presente. Com o dinheiro do lixo foi comprado. O lixo é assim.