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Mergulho.

Não entendo, Esta piscina de Bílis negra na qual De um salto me atiro. E quase me afogo, E que é tão difícil de sair. Mas é reconfortante E tranquilo quando não vejo nada E nada pode me ferir. Mesmo que o nada queira me engolir. E quase me afogo, E é tão difícil resistir. Para enfim sair, Enxugar e me lavar Do resto de Bílis Que, insiste em ficar E quase me afogo, E que é tão difícil de sair. E quase me afogo, E é tão difícil resistir.

Desabafo de um guerrilheiro aposentado.

No guarda-roupa estão as armas Carregadas, preparadas e ansiosas. São feitas em madeira nobre A tecnologia eletrônica é a mais precisa. A mira é questão de pratica, fé e coragem. Só precisa de três dedos da direita e dois na esquerda Um coração pulsante e uma mente verdadeira Um motivo e uma voz guerrilheira. Cada munição sobre o papel Saindo da ponta da caneta Penso no som dos disparos Quando coloco sobre eles o meu fardo Não é vitória o que quero Não estou em busca de gloria União, força e coletividade. É essa minha reforma.

SE AO MENOS ME CITASSE

Multidão imensa a te circundar Mancha de café na beira da camisa O cheiro se torna insuportável Sentir vontade de chorar Querer ser especial a algum olhar. Não, o querer ser amado Mas, o querer ser respeitado. Esperança de ser lido Por aquele que admiro Probabilidade alguma. Certeza alguma Esforço algum.

Faça mais barulho!

Não pode parar Cuidado com o par de barras paralelas Opte sempre pelo triangulo isósceles. O quadrado, nem pensar. Cuidado, desmotiva, Desacelera e acomoda. Um sábio escreveu. Faça mais barulho, Faça sua raiva Derrubar os muros. 

E NÓS OS ADULTOS?

Nós os adultos, Acreditamos saber O que se passa hoje no mundo. Mas não sabemos, Estamos cegos e anestesiados pela Decepção da desilusão de nossa “desadolescencia”. A nova geração, Eles sim sabem, Sabem dos problemas e da solução. Ainda estão vivos, As cataratas da falta de recursos Ainda não cobriram seus olhos, O vento da responsabilidade Ainda não apagou suas chamas de coragem. Ao contrario do que Nos os adultos pensamos, Eles não criaram para si Um forte que lhes protegesse Da realidade e da verdade do mundo. Criaram para si armaduras Para enfrentar de frente a falsidade. E nós os adultos, Ocupados em buscar recursos, Em criar em nós coragem, Em fugir da violenta verdade e Usando como escudo a falsidade, Não temos tempo para saber O que acontece no mundo.

O que sera de seus filhos?

Um tolo gesto de confiança, Sempre precede uma traição. Um tolo gesto de confiança, Sempre precede uma tentativa de humilhação. Mas qual valor, Agrega a vossa índole, Tão baixo comportamento? Quão bom  é pra si, A traição e a humilhação alheia? O que contará a seus filhos E como capaz de impedir que Sua prole o traia, que Sua amada prole lhe faça de humilhado? Como impedir que Por ganância, Seu tolo gesto de confiança, Não preceda, Seus miolos espalhados sobre o travesseiro Em função dos golpes febris de um filho traiçoeiro?

Quem me dera, julgado como Soneto.

Ah,   quanta doçura eu vejo Nas suas palavras sujas E tremulas de medo. Ah,   quanta esperança Jogada a guia das calçadas Para seguir junto a restos de ratos Rumo aos bueiros. Ah,   quanta negligência Ao carregar nos ombros, Ferido de guerra, o velho parceiro. Ah,   todo esse sangue, Que alimentaria mil demônios E molharia de dez mil vampiros os beijos. Ah,   todo esse café, Essa poesia, Esse tormento. Ah,   quem me dera julgado como Soneto.

QUAL MIL TAMBORES

A necessidade  De expressao do odio, Se faz constante e intensa. Quando as opnioes divergem, As cordas vocais Afinan-se e alteiam, A caixa do peito estufa E infla os pulmoes com ar. Enfim explode, rompe Em trovoadas Qual mil tambores. É o grito do insulto e do medo, Qual mil tambores Do pavor e do desespero. Qual mil tambores E assim as agonias se vao. Qual mil tambores.

Inspiração Marginal.

Hoje cago pouco, Porque como pouco. Antes, Comia muito e, Não cagava nada.

CORREEEEIOssss

O Clã, A Caravana, A Marcha funebre, Prossegue. Trazendo e levando, (Como um serviço caro que Faz com que seja bem prestado Pelos "Correios")  Tristezas e alegrias. E enquanto segue O coadjuvante aprecia, Anota, Avalia, Pondera, Soma, Divide e chega a conclusão Sócrates tinha razão. "Quero que saia, estas a bloquear os meus raios de Sol."

Essa vai assim, sem diagramação e sem correção, só pressão.

A tristeza sempre foi minha maquina de fazer poesia, Esculpida num bloco de argila, Umedecida com lagrimas sofridas, Me desculpa se não vejo beleza mas é que o que te soa belo pra mim é triseza. É funebre, luzes baixas e calmas, as cores das flores da coroa sao iguais as da sacada de casa. O brilho de um raio de sol Refletido na gota de orvalho é igual A luz da capela na lagrima daquela q chora sofrida Naquele triste momento de despedida. Mira, o caminhar da bonita Nos cabelos da pra perceber a brisa da tarde enquanto segue pela avenida, Mas o olhar se desvia e é a mendiga de vinte e poucos e, tantos anos, acariando a barriga cheia com uma nova vida. Ela tambem queria estar la, nas passarelas igual a bonita q acabou de passar. Deu pra enteder porque é que eu digo que ver a beleza pra mim as vezes é castigo.

Criando e Experimentando

De todos os “ Sadopoemas ” que escrevi Talvez o mais lastimoso Foi o de cortar os braços. Foi fingir não sentir dor. De todas as “ Pseudolágrimas ” que derramei Talvez as mais furtivas, De quando nasci. Foram as mais pérfidas. De todos os “ Desadolescentes ” que conheci Talvez, exceptualmente alguns, Os mais queridos. Fui um dos únicos, sobrevivi.

CANSADO

Sinto-me cansado, Mas não é cansaço físico Nem mental, nem intelectual E muito menos anal. É cansaço do âmago. Cansaço de estomago De intestino que não funciona  E por isso o ânus,  Cansa de esperar. Cansado de olhar a mesma coisa o dia todo. Mesma cor, mesma fonte, Mesma diagramação, Mesma exatidão. Exatas do meu saco. Intelecto enfraquecido pelo excesso de rotina. IF {rotina  > criatividade} Else response: “meu saco explode”

SONO.

Tudo isso me da sono. Tristeza Gerada por excesso de Ódio e decepção. Mas não é sono de Preguiça. É cansaço É desanimo. E me faz ter pensamentos ruins. Eles surgem em uma grande nuvem negra. Daquelas que deixaria todo o sertão úmido. Decepção, coisa que mata. Já decepcionei também. Mas de algumas formas mata.

ESPELHO

O olhar de desejo diante do espelho, Um homem e o sonho de seus brinquedos Palavras que cortam fundo, fundo no peito Restos que se penduram no canto do espelho Um espelho pequeno, com moldura cor de laranja e Sujeira no canto, (quem lavaria um espelho?). Distorção aguda tranqüiliza a alma Distorção grave da ritmo ao coração O espelho guarda bem segredos e acalma, Não escreverá seu nome no chão. Um espelho pequeno, com moldura cor de laranja e Sujeira no canto, (quem lavaria um espelho?).

Ódio eterno de uma mente cheia de lembranças.

As recordações é o que me tira do sério. Lembrar coisas boas que se tornaram Quase impossíveis. Tipo quando era criança, adolescente, lembra? As recordações é o que me traz nojo. Não consigo entender os erros que, Marcaram para sempre. Como pude ser tão ingênuo,  supérfluo, lembra? Mas é assim quando não se esquece. É assim quando da valor ao que passa. É assim quando se deita sempre em sua “Época de ouro” E acorda na “Época de restos”.

8 DE MARÇO - PARABÉNS MULHER.

De todos os seres evolutivos, O que mais evolui é você. Dos gêneros conhecidos, O mais forte é você. Há pouco era "Dona de casa", Já hoje a "Dona da casa". Com esse  jeitinho manhoso, Nunca pede, deixa a entender. Com esse pouco que faz, Tudo consegue ter. Não há profissão que lhe impeça, Mesmo quando entre tijolos e martelos, Naquele momento que Põe a mecha de cabelo atrás da orelha. Derrete cada homem e nos deixa de joelhos.

RATOS...

O tempo passou e aprendi a viver. Viver como rato, Oculto nos cantos. Observando a vivência dos humanos normais, que Fazem tudo o que o rato gostaria de fazer. Mas o rato se esconde, é mais seguro, Mais fácil e menos incerto, porem, Bem menos sincero. Rato, sobrevivendo à base de pequenos vícios Pra deixar a rotina ao menos aceitável.  

Cala-te boca maldita

Cala-te boca maldita, Se não for para amaldiçoar, Não se abra. Se não for para causar intriga, Não se abra. Se não tens a quem condenar, Não se abra Não faz parte disto. Não pertence a isto. Não causa riso, Nem encanto. Calo-te boca maldita.