Sempre existiu um demônio aqui, Confuso, assustado e reprimido. Com medo de ser quem deveria ser. Com medo de se arrepender. Um demônio as avessas Ama flores, crianças e brincadeiras. Salva animais, ajuda idosos. Faz pela beleza Expulso do inferno, Por falta de frieza, Não seria capaz De espalhar a tristeza.
Meus atos não definem, Meus medos não definem, Meus pensamentos não definem. De forma alguma te forçarei ao que quero Até porque de ti, não quero nada. Em uma mão a espada, na outra a balança. Ao centro a escuridão, Mas, ainda pode ouvir o que dizem Ainda pode sentir o vento, Ainda pode beijar a mais pecaminosa boca. E ainda sim, não deixar de ser chamada pelo nome. De forma alguma te forçarei ao que quero Até porque de ti, não quero nada. Cada qual em seu caminho, se eu cruzar o teu. Concordarei com seu objetivo, mas ao dar as costas, Devo eu, concordar com seu inimigo? E se eu for teu inimigo? E se eu for irmão de teu inimigo? E se eu amar teu inimigo?
Não entendo, Esta piscina de Bílis negra na qual De um salto me atiro. E quase me afogo, E que é tão difícil de sair. Mas é reconfortante E tranquilo quando não vejo nada E nada pode me ferir. Mesmo que o nada queira me engolir. E quase me afogo, E é tão difícil resistir. Para enfim sair, Enxugar e me lavar Do resto de Bílis Que, insiste em ficar E quase me afogo, E que é tão difícil de sair. E quase me afogo, E é tão difícil resistir.
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