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Mostrando postagens de fevereiro, 2011

CRUZ, PREGOS E UM SACO DE MOEDAS

Enquanto vagueio Por entre destroços de mim mesmo Percebo o porque do desespero. Pedaços mal destruídos, outros ate intactos Um braço, uma orelha, a glande de um pênis. Arrependido? Não, Culpado, pela falta de fé E de coragem para crer na suposta fé. Sinto que quando comecei, Deveria ter me esforçado mais, Me destruído mais Para que partes não sobrassem Apenas pó e o resto do pó. Sinto que é chegada novamente A hora de desistir. Mas não vou, não desta vez. Tudo não passa de uma tragédia grega, Tão tola quanto a do filho que mandou matar O pai. Ou aquela sobre o filho tolo que faz de tudo para que Matem-no pelo pai. Que venham os macacos e suas navalhas. Vos espero com uma “cruz, pregos e um saco de moedas” (Nene Altro – Dance Of Days).

As vezes é assim mesmo

Sem poética, sem rima sequencia fraca e nada de correção ortografica. Dias assim. Chuva, canções tristes e uma bela, organizada e espaçosa Oficina do Diabo.

Sou eu novamente.

Entro, saio Muda o numero, Sou eu de novo Vou ali e já volto, Voltei, mudou o numero. Sou eu, Pulou dois números, Será? Não, fui eu de novo Começo a ler pra passar o tédio. Na necessidade, leio o espelho. Mudou, dez números talvez, Mas sou eu, eu de novo, Sou eu novamente

Presente?

Faz tempo que não me sinto presente e não me sinto um presente faz tempo que meu tempo não é o presente não me sinto presente, aqui nem em lugar algum

Também quero fugir

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Fugir, sumir Para o mais longínquo campo. Pousar, repousar A sombra de uma árvore de grande copa. Ao sol, meu lençol Manchado de sangue, estendi. Descansar, abandonar O medo e a dor que carrego aqui. Pensar, acreditar Que, coisas possam passar. Encontrar, matar O que em mim, de forma maldita, brotou. Correr, esconder De mim mesmo a face coberta por lagrimas. Querer, entender Que, “Não posso, não quero, não devo.”            (Lirinha – cordel do fogo encantado) Morrer.