CRUZ, PREGOS E UM SACO DE MOEDAS

Enquanto vagueio

Por entre destroços de mim mesmo
Percebo o porque do desespero.
Pedaços mal destruídos, outros ate intactos
Um braço, uma orelha, a glande de um pênis.

Arrependido? Não,

Culpado, pela falta de fé
E de coragem para crer na suposta fé.
Sinto que quando comecei,
Deveria ter me esforçado mais,
Me destruído mais
Para que partes não sobrassem
Apenas pó e o resto do pó.
Sinto que é chegada novamente
A hora de desistir.
Mas não vou, não desta vez.
Tudo não passa de uma tragédia grega,
Tão tola quanto a do filho que mandou matar
O pai.
Ou aquela sobre o filho tolo que faz de tudo para que
Matem-no pelo pai.
Que venham os macacos e suas navalhas.
Vos espero com uma “cruz, pregos e um saco de moedas”
(Nene Altro – Dance Of Days).

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