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Mostrando postagens de dezembro, 2010

meu sangue valente

Hoje, aqui A terra onde o sol arde. A pele vermelha, desacostumada. Abandonado pela melhor amiga, Ela esta ferida, recuperando-se do trauma É estranho, mas é assim, No pos aniversario, No meu desaniversario. Existe uma imensa vontade De destruir tudo com palavra Restam apenas nove minutos E eu nem pude falar Do meu sangue valente.

O Barco

Um barco, Daqueles tipo canoa A beira Ca onde estou, Deserta. Aproxima-se devagar e convida, Recuso Pede-me, Nego Implora – me, Digo que não. Por fim, força-me. Amarra os pés, As mãos, Tapa a boca. Seqüestro. Queria gritar, Não posso Quero correr, não consigo. E é deserto. E é a barca, ela me leva Aproveito o balanço. Já não há o que eu possa fazer.

Do Café ao Cadaver

Hoje é um dia especial. Abalaram a estrutura de uma cidadezinha. A queda do líder, O motorista também foi, Lugar errado, Hora errada, Emprego errado. Com respeito ao finado, O prefeito foi pro saco. Mal esfriou o presunto e já comenta-se na padoca do centro. O coitado é a piada da vez, Entre garrafas de “escol” Geladas e apressadas. E o X –Tudo, O maior da cidade, Não fica pronto nunca. Fiz um amigo nesse meio tempo, Um não, dois. O chapeiro gordinho Que me trata bem pra disfarçar a demora E o atendente vesgo Que não me cobrou o café. E em meio a isso Encontra – se o carro dos suspeitos Logo ali na cidade vizinha Considerada uma maloca e tanto. Mas ninguém pensou no Vice?