EM BUSCA DO PRÓXIMO PÃO


Em frente ao espelho
O palhaço que se pinta de feliz.

Triste,
Enxuga uma lagrima com sensatez,
Pra não borrar a maquiagem que fez.

Sorri,
Apertando os olhos e mostrando os dentes
Emoldurados pela boca vermelha, pintada.

Ao fim dos malabares no ar,
Esperança no olhar esperando brotar,
De dentro de carros cegos, braços a levantar,
Um tostão qualquer pra ajudar a pagar,

A faculdade, os livros, o terno, o vestido,
O almoço, um café, um cigarro, um chalé,
A maquiagem, o aluguel, os doces, o bordel.
O desprezo, o ego, 

O sujeito que se sujeita deste jeito.

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